Ninguém gosta de estudar. Essa afirmação é muito forte. Tudo bem, não falarei pelos outros, falarei somente por mim. Eu odeio estudar. Até ai tudo bem, ou melhor, nada bem, não é? Eu ouvi de um palestrante uma vez que, não precisamos amar estudar, temos apenas que tolerar estudar, visando os benefícios para nossa vida pessoal, acadêmica, profissional, familiar e social, ou seja, tolerar os meios em prol do objetivo. Então vamos tentar refletir um pouco sobre o assunto.
Tenho levado várias discussões aos meus alunos em sala e acho que tenho obtido algum êxito. Primeiramente o incentivo e a demonstração a eles do quanto é importante o “sacrifício” do estudo, da leitura, da pesquisa em suas vidas.
Outra coisa, é a importância da não aceitação da palavra do professor como algo definitivo e impossível de comentário, observação ou contestação. Temos que parar com isso. Temos que aprender, ou melhor, reaprender a questionar e pensar novamente com nossas próprias cabeças, ter nossas próprias idéias, deixá-las fluir e discuti-las para criarmos nosso próprio conhecimento e não termos os “enlatados” como diz a música. Esquecer que um dia vivemos censurados.
E por fim, a falta de ensinamento de técnicas de estudo. Desafio qualquer um, a me provar que durante sua vida de estudo foi ensinado técnicas de estudo que incentive o estudo, que facilite o entendimento buscando de forma fácil, o entendimento da mensagem principal dos textos lidos. Ensinaram? Estudar é chato, ponto. Mas existem pessoas que gostam de estudar. Se existem pessoas que gostam de estudar, porque não buscar nelas o segredo? Temos que estudar. Então se estudar, se tornar algo prazeroso, será ótimo. Não é mesmo?
Eu comecei a estudar aos 32 anos por saber que era uma necessidade e não por vontade. Mas se fosse uma vontade, não seria bem melhor? Claro que sim. Então vamos lá.
Em primeiro lugar, sabemos que somos formadores de opinião, querendo ou não. E temos que assumir essa nossa responsabilidade de forma consciente. Temos que buscar proporcionar uma mudança de paradigma dos alunos, fazer de uma obrigação um prazer. Fazendo isso, os alunos sairão dos corredores, escadas, bares ao redor das Instituições de Ensino e voltarão para sala de aula e se não conseguirmos ainda assim, porque não levarmos o conhecimento e a aula pra fora da sala? Milton Nascimento disse que “todo artista tem que ir onde o povo está” e eu pergunto: professor não é um artista? Não é um artista do conhecimento?
Depois disso, temos que parar de fazermos nossos alunos de meros ouvintes lagarto, que fica só concordando com tudo, e os transformá-los em questionadores, em pensadores independentes, isso faz com que eles e nós mesmo busquemos pesquisar cada vez mais ou então passaremos vergonha nos diálogos e debates do mundo.
O ensinamento de técnicas de absorção da mensagem principal, e secundárias também, dos textos lidos, faz com que se tenha prazer no estudo. E isso se faz com a simples técnica de sublinhar palavras-chave, esquematizá-las e depois transformá-las em um resumo. Simples então? Não. Nada simples pois transformar isso em hábito é que é nossa difícil tarefa.
Alguém se habilita a entrar nesse debate e transformar nossa educação? Vamos lá. Não precisamos de governos, ministros, secretários, prefeitos, diretores, coordenadores, de ninguém. Façamos isso nós, professores-educadores, pois temos que voltar a ser educadores e ajudar o nosso pais e ter novas crianças.
Formosa – GO, 10 de abril de 2010
Criado em Abril/2010, com objetivo de divulgar as belezas naturais, a defesa do meio ambiente e o turismo de Formosa, Goiás, além de trabalhar questões políticas atuais e marketing de campanha.
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